Quem sou eu

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Rio, Brazil
Oi, eu sou um ilustre desconhecido da mídia náutica, não dei nenhuma volta ao mundo, o máximo que já fiz foi navegar umas 400 milhas entre o Rio e Ilha Bela e arredores num Veleiro pequeno. Minha intenção é facilitar o entendimento da navegação para todo aquele que suba à bordo de qualquer embarcação. Este é o primeiro passo antes de entrar em um Curso de Navegação antes de se submeter às provas da Capitania para Habilitação de Amador. Portanto, se você quer aprender algumas coisas sobre navegação de maneira simples, ou vez por outra cambar pra bombordo em alguma tentativa de poesia: Seja Bem Vindo à Bordo!!! elmoromao@gmail.com

08/06/2014

Barquinho Bote Caravela - Projeto do Cabinho - um Filminho da Forma

Quase todo fim de semana eu vou na casa do meu pai, primeiro  pra vê-los e por último pra ir construindo um projeto gratuito do Cabinho (YachtDesign), estou fazendo devagar, bem devagar quase parando, parando quase criando teia... no fundo no fundo é quase uma processo místico, um verdadeiro exercício de paciência!!! não que o projeto seja difícil de ser construído, mas porque eu sempre faço as coisas depressa demais e assim decidi fazer um processo ZEN, já que sou zen paciência... risos!!! kkkk!!!

acho que a parte mais difícil é o filetagem, seria filetamento? aquele processo de colocar resina com esfera de fibra de vidro para colar as partes costuradas. Digo difícil porque exige uma quantidade razoável de resina e como eu não lido bem com ela às vezes esquenta, fumega, borbulha e endurece com a espátula dentro.... putz!!! aprendi que deve ser respeitada as quantidades proporcionalmente, mas sempre coloco um pouquinho mais de endurecedor pra catalisar mais rápido, senão corre-se o risco de ficar chiclete, grudento, melequento, sebento, quase langanhento.... esta última palavra é de propriedade da Marcia, minha esposa e Imediata - eu cedi pra ela. Na semana passada eu falei pro meu Pai (o Araken) caso ele quisesse poderia se divertir um pouco passando uma resina nas peças... daí o grudento.... rsrsrsrs!!! A solução foi passar mais uma mãozinha com um pouco mais de endurecedor, deu certo, ele mesmo transformou o chiclete num drópis!!! Se acontecer contigo, não se acanhe, faz parte do negócio...

Neste findi fizemos um filminho safado, algo entre meio tosco e meio esquisito, faltou o Adriano Plotizki aqui: o amigo dos filmes de mar: #SAL ( https://www.youtube.com/watch?v=-y0GA9lp5yo ), mas vocês vão ver como o barquinho está indo. Já tem forma e forma, lembra um Optimist, e o incrível é que você jura que as coisas não vão se encaixar... é algo como um filho que vai surgindo devagar, no encaixe de formas estranhas, no fundo vai tomando forma nas fibras que não tinham forma da chapa de compensado, retas e sem outra dimensão que de repente fez-se de triste na retidão um contente com terceira dimensão! e alguma personalidade é claro!!!! rsrs!

Como diria meu irmão: intão tá intão! vejam a cara do Bicho, que até minha MãeRiza (a Mariza) subiu pra ver um pedaço da ultrassonografia, já que o Bicho ainda não nasceu por completo...

Vejam como é fácil - pois até eu mesmo consegui chegar até esta etapa - e divirtam-se na forma.... ou seria fôrma?.....  kkkkkk!!!!!!

Grande Abraço e Abraço Grande!!!








14/03/2014

Eletricidade a Bordo - um papo na Flotilha Guanabara

Oi PessoALL!!!


Pra quem não foi no nosso encontro da Flotilha Guanabara sobre o papo do cheiro de AMPER a bordo, estou colocando aqui o material

De antemão agradeço o carinho com que todos me receberam e a paciência em me ouvir bastante rouco, febril e quase senil... eu estava num processo gripal danado e vindo de uma semana "punk' de trabalho, quase que não consigo chegar (o Matheus tava marcando em cima...rsrsrsrs!!! VALEU Matheus!!!)

Na essência da conversa a tônica sempre foi evitar o tal "cheiro de AMPER"  e o apagão que tá bastante na moda neste verãozão!

Fiz um material bem textual de propósito, de forma que quem não estivesse presente pudesse ler o material e entender o contexto, foi esse o "mote"

Espero somente 2 coisas daquele evento:

1- que o pouco que transmiti possa ajudar àqueles que conhecem pouco ou quase nada e chamam o Ah de "Vossa Excelência"

2- que aqueles que sabem mais do eu (e tem muitos) possam melhorar o material e torná-lo até mais acadêmico se for o caso, certamente tínhamos três Catedráticos na platéia

Volto a citar o que disse no final do nosso papo:


A Flotilha Guanabara É o lugar onde se distribui conhecimento,
mesmo que pouco na experiência de cada um!!!!

Abraço Grande!!!
Elmo

vou achar outro site pra baixar o arquivo, pois o 4shared está tentando empurrar uma penca de baboseiras de buscadores... pô!








02/03/2014

Como Escolher o Seu Barco

Na primeira vez que tive um barco acho que escolheram por mim, apesar de investigar bastante. Nada de mais nisso; ouve-se uma opinião aqui e outra ali, mas fui feliz na escolha pro meu objetivo. Comprei um Atol23; era o Meu Barco, confiava muito nele, afinal é um projeto do Cabinho, mas porque escolhi um Atol e não um Velamar? de antemão: nada contra um Velamar, viu?!! rsrsrs!

Escolhi na época um Atol porque era um barco de cruzeiro, isso se dividirmos os barcos em 2 categorias: cruzeiro e regata; queria um barco pra enfrentar MAR, com letra maiúscula mesmo; nas minhas andanças por aí descobri que você pode perfeitamente sair do Rio e ir pra Ilha Grande num Pomar 19, já cruzei com um deles há mais de 20 milhas lá fora. Acho que era um Pomar... não sou bom com marcas e modelos de barco... nem de carro (porque não tenho) e no fundo barco é barco, o que importa é a linha, a curvatura, o jeitão... Ih ficou no vácuo né?!

Mas é isso mesmo, barco é barco e o que você precisa definir é O QUE VC  QUER FAZER COM ELE!

Vais ficar velejando na baía e só vez por outra vai dar um salto mais longe?

Quão longe? 20 milhas? 80?
A questão é resolvida na base da distância, explico: se vc vai sair pra tão longe que vc mesmo não consegue levar porque tem dormir e não consegue ficar acordado 24 horas, então procure um barco maior que dê pra uma tripulação te substituir, e se isso for o caso significará forçosamente que vc vai sair da baía... tem que ser um barco que aguente MAR, o que também não significa que tenha que ser um tanque de guerra mas que te dê CONFORTO, afinal de que adianta um barco "forte" e pequeno se vc não consegue dormir de tanto sacolejar em qualquer marola? Esse quão longe depende do conforto (camas) que vc vai proporcionar a sua tripulação.. dormir no chão pode não ser uma boa opção; se bem que eu prefiro.... além de sacudir menos, inclinar nas cambadas, ainda posso servir de lastro baixando o centro de gravidade, se é que alguém como eu serve de peso pra alguma coisa...

Se vc vai pra longe vai precisar de uma cozinha, de um fogão, de um isopor com gelo... aqui começa a definição do TEU barco...

Olhe bem que a escolha do TEU barco NÃO depende somente do BARCO, depende também de você! Aqui começa a escolha do Comandante feita pelo Barco... rsrs!

Qual a tua experiência com barcos? Essa resposta vai definir que tipo de barco vc pode ter, existem barcos técnicos, nervosos até, quer ver um exemplo? Barcos que possuem um estai largável e que deve ser caçado num bordo e afrouxado no outro, o que torna a manobra de cambar um transtorno (eu detesto isso), tipicamente são barcos que possuem 2 estais na popa, um de cada bordo, e a vela grande (mestra) é maior que a angulação do estai e não camba se vc não afrouxar o estai. Existem barcos que têm tanta regulagem que até pra vc ir ao banheiro alguém tem que ajustar as coisas... Ah, o banheiro.... bem lembrado!!!

Vou contar minha estória evolutiva na procura do barco certo pra mim, como eu disse, primeiro comprei um Atoll e logo de cara fui pra Ilha Grande, mas vou deixar essa história pra outro post, pois aí vc vai entender melhor o que é escolher o TEU barco, ou ficar mais confuso né???!!! kkkkk!!!!
Abração!

22/02/2014

O Processo de Trazer a Imediata a Bordo Tem Nome!!


Em algum lugar por aqui nesses textos já falei sobre a técnica de passar a noite a bordo com a Imediata, obviamente com intensões futuras, ou imediatas, a depender da libido e do carinho que povoa o gesto; como eu disse em algum canto por aqui, a ideia central era ir cativando devagar, começando primeiro com um pernoite perto, agarrado na poita a poucos metros do cais, que no caso é a perfeita materialização do Portal, onde se abrem as portas ao paraíso de uma chuveirada, um esticar de pernas, ou mesmo um jantar – mesmo que seja para trazer a bordo... Este é o primeiro passo para as grandes navegadas com a esposa, a namorada... quem sabe até: morar a bordo!!!

Naquele texto perdido aqui no emaranhado de tantos outros eu descrevi o processo, quase tintin por tintin, só não sabia que ele tinha nome. O nome foi batizado e sacramentado ao vivo e à cores num vídeo que promete ser o primeiro de uma série.

Nele (o vídeo) o Adriano Plotzki captou numa entrevista o nome do processo, que consiste em “Marinizar sua esposa”... veja aqui no link: https://www.youtube.com/watch?v=-y0GA9lp5yo

Adriano, aguardamos mais trabalhos teus!!!

Grande Abraço!!!

09/02/2014

Visibilidade no Mar

Quando se pensa em visibilidade no mar a primeira coisa que vem à mente é nevoeiro e tempestades, em ambas às vezes é preciso diminuir a velocidade da embarcação, ou mesmo "parar' por completo ficando à Capa ou no ferro. Agora pense em uma velejada na baía da Guanabara em pleno verão, não nesse verão de 2014 que não chove há meses e a sensação térmica chega aos 50 graus.... pense num típico dia de verão de céu claro e que, devido ao calor e a umidade, no início da tarde as nuvens se formam e dá aquele pancadão de chuva, a visibilidade diminui é certo, mas ela fica em torno de 4 milhas pra mais, ou seja: a visibilidade não afetada pra quem está dando uns bordos dentro da baía.
 
Se você considerar que visibilidade é qualquer coisa que diminui a visão vai concordar comigo que se você estiver de olho fechado também terá a visibilidade diminuída, concordas? Pois é, foi o que aconteceu comigo findo do PIC num domingão ensolarado e com um vento Fresco, em maiúsculo por se tratar da escala Beaufort, que de "fresco" não tem nada... olha aqui embaixo.
 
ESCALA BEAUFORT
Força
Designação
Velocidade (nós)
Velocidade em (km/h)
Estado do Mar
Altura das Ondas (m)
0
Calmo
<1 span="">
<1 span="">
Espelhado
0
1
Bafagem
1-3
1-5
Pequenas ondas parecendo escamas
0-0.1
2
Aragem
4-6
6-11
Ondas curtas e pronunciadas
0.1-0.5
3
Vento Fraco
7-10
12-19
Ondas começam a quebrar:"carneirinhos"
0.5-1.25
4
Vento Moderado
11-16
20-28
Ondas com cristas espumosas, carneiros numerosos
1.25-2.5
5
Vento Fresco
17-21
29-38
Ondas formando cristas, espuma, muitos carneiros
2.5-4
6
Vento Muito Fresco
22-27
39-49
Ondas ainda maiores com a "carneirada" abrangendo toda a superficie
 
7
Vento Forte
28-33
50-61
Grandes ondas, ruido forte
4-6
Voltando de Paquetá com aquele força 4 "na cara" só pra variar um SW, eis que o fenômeno típico do verão ocorre, um aguaceiro daqueles!!! o pão de açúcar sumiu; o que não é nenhum problema, pois como eu disse a visibilidade era de umas 4 milhas; mas na realidade a visibilidade estava bem crítica, eu não conseguia manter meus olhos abertos por causa da chuva e do vento; mal enxergava a proa porque tinha que abaixar a cabeça e apertar os olhos...
 
Visibilidade não é somente uma questão de mau tempo, mas sim uma questão de OLHAR, ou melhor, conseguir olhar e ver!!!
 
A solução é simples e barata: óculos de pedreiro, óculos de segurança, tipo este aqui na foto abaixo:
 
 
custa menos que 10 Reais e possibilitam um conforto enorme!
 
Tenha sempre um deste a bordo, mesmo que tuas saídas sejam sempre daqui até o outro lado do Rio e boas navegadas!!!