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Rio, Brazil
Oi, eu sou um ilustre desconhecido da mídia náutica, não dei nenhuma volta ao mundo, o máximo que já fiz foi navegar umas 400 milhas entre o Rio e Ilha Bela e arredores num Veleiro pequeno. Minha intenção é facilitar o entendimento da navegação para todo aquele que suba à bordo de qualquer embarcação. Este é o primeiro passo antes de entrar em um Curso de Navegação antes de se submeter às provas da Capitania para Habilitação de Amador. Portanto, se você quer aprender algumas coisas sobre navegação de maneira simples, ou vez por outra cambar pra bombordo em alguma tentativa de poesia: Seja Bem Vindo à Bordo!!! elmoromao@gmail.com

15/02/2011

Orientação por boias e faróis

Devemos ter muito cuidado na observação noturna de bóias luminosas (possuem luz ao contrário das bóias cegas) e faróis, em primeiro lugar é preciso entender a representação destes elementos na carta náutica e depois, com a experiência de mar, saber que nem sempre o que vemos, com o olhar humano e as condições meteorológicas, é exatamente o que está na carta, pois estas condições de tempo alteram significativamente o objeto em observação, mas vamos por partes..

Faróis e bóias luminosas possuem luzes ritmadas, se possuem ritmo é preciso considerar o fator TEMPO! Por isto existe a informação de tempo na carta náutica; veremos já, já! Primeiramente vamos considerar ao grafia destes elementos na carta, faróis e bóias luminosas são compostas de lampejos cujo símbolo é LP; estes lampejos podem ser alternados (Alt) com cores diferentes ou simplesmente lampejos de mesma cor, ou ainda lampejos por ocultação (Oc), na prática os lampejos por ocultação são os que causam mais confusão; vou dar um exemplo clássico: o farol de Castelhano na Ilha Grande é um farol de ocultação, ou seja, acende-apaga-acende-apaga; só que a lâmpada do farol não apaga realmente, mas é ocultada por um mecanismo que tapa a luz... o que a depender da distância ele parece que fica acende, fica fraco, acende, fica fraco...e não é branco, é amarelado... e aí é que surge a dúvida; é este o farol que estamos estimando que seja na marcação que fizemos??? Pense sempre nisto!!!!!! Eu mesmo já tive dúvida na minha primeira travessia rio-ilha grande....

Outro ponto a ser SEMPRE considerado é a visibilidade do farol ou da bóia; imagine o seguinte: existe uma bóia com determinado ritmo e cor de lampejo; pergunto: você conseguirá vê-lo a uma distância de 120 milhas? E a 10 milhas? Dá pra ver? A resposta é: depende... depende do alcance luminoso projetado para a bóia, depende da altura da lâmpada na bóia e até depnde da cor da luz... e por fim depende da altura do teu olho em que você está com relação ao nível do mar...é muita variável não??!! Vamos por parte sem entrar numa física quântica...rsrsrsrs!

Primeiramente precisamos considerar que a terra é redonda, o que já sabemos né?! Se a terra é redonda então significa que poderemos NÃO ver algum objeto além do ponto de curvatura da terra mesmo que este objeto possa projetar um feixe de laser por mais de centenas de milhas então precisamos de um pouco de matemática... vou simplificar: qualquer objeto no nível do mar é visível a depender da altura de seus olhos se aplicarmos a fórmula: D= 2 vezes a raiz quadrada da altura de seus olhos, cuja distância é dada em milhas náuticas. D= 2X H (½)

Vamos falar mais disso no próximo episódio.....

Abraço Grande!!!