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Rio, Brazil
Oi, eu sou um ilustre desconhecido da mídia náutica, não dei nenhuma volta ao mundo, o máximo que já fiz foi navegar umas 400 milhas entre o Rio e Ilha Bela e arredores num Veleiro pequeno. Minha intenção é facilitar o entendimento da navegação para todo aquele que suba à bordo de qualquer embarcação. Este é o primeiro passo antes de entrar em um Curso de Navegação antes de se submeter às provas da Capitania para Habilitação de Amador. Portanto, se você quer aprender algumas coisas sobre navegação de maneira simples, ou vez por outra cambar pra bombordo em alguma tentativa de poesia: Seja Bem Vindo à Bordo!!! elmoromao@gmail.com

09/09/2010

Barco 2

Toda embarcação bóia, esta é uma condição definitiva, do contrário é um naufrágio ou casco sossobrado, se for este o caso você verá no mar uma bóia verde com a inscrição: CS. Casco sossobrado. Se olharmos a embarcação boiando água, notaremos que ela fica dividida em 2 partes a partir da linha d’água, ou linha de flutuação; uma parte submersa na água e outra fora dela. Como o mar possui peixes, algas e outras criatura a parte imersa na água é chamada de OBRAS VIVAS enquanto que a parte fora da água é chamada de OBRAS MORTAS.


Olhando-se apenas o casco em si, sem contar com superestruturas , o seu tamanho de baixo até em cima chama-se PONTAL.
Uma particularidade das obras mortas é a BORDA LIVRE, que é a parte do caso, somente do casco, que fica acima da linha dágua.
Já definimos algumas partes da embarcação considerando uma visão parcial; quando dizemos que algo está na popa poderá significar um espaço muito amplo, poderemos perguntar: do lado direito ou esquerdo da popa, ou da proa se for o caso; para resolver este problema surgem mais 2 termos dividindo um pouco mais o espaço. Na popa, parte de traz da embarcação temos 2 lados que são chamados de ALHETA, como o termo lado refere-se à boreste ou bombordo teremos a localização exata: ALHETA de BORESTE ou ALHETA de BOMBORDO.
No caso da proa teremos algo semelhante porém com as designações de BOCHECHA de BORESTE ou BOCHECHA de BOMBORDO.
Como não poderia ser diferente teremos também designações mais específicas para a meia nau, neste caso chamaremos de TRAVÉS, sendo TRAVÉS de BORESTE e TRAVÉS de BOMBORDO. Normalmente é nesta seção do barco onde encontramos a sua maior largura; Olhando-se de frente a embarcação a sua maior largura chama-se BOCA, quanto maior a boca maior conforto se dispõe à bordo. Se medirmos a distância de um lado ao outro da boca passando pelo fundo casco teremos uma outra medida chamada de CONTORNO, barcos que foram projetados para navegação em águas abrigadas possuem um contorno mais achatado, enquanto barcos para oceano, principalmente veleiros, possuem um contorno bem alongado e afinado no fundo para dar mais estabilidade.

Pronto! Já conhecemos cada nome das partes do CONVÉS. Convés? A parte de cima de uma embarcação onde podemos estar em contato com as condições atmosféricas, o céu, o vento e o mar. Uma particularidade deste espaço chama-se COCKPIT, que é um espaço do convés destinado ao comando da embarcação; ou seja, onde está o leme, a cana do leme ou em alguns modelos a roda de leme ou timão.

Vamos falar do leme no capítulo LEME!!! depois então, como você já sabe a nomenclatura das coisas vamos ir entrando em navegação... rumo, agulha, desvios, rumo, declinação magnética.... vai ficar bem interessante!!!!!!!!!
Abraço Grande!!! e Bons Ventos com estrelas à barlavento (por onde entra o vento na embarcação)